Já
pararam para pensar de onde veio o nome das cores? Já? Pois eu também, e muitas
vezes. Eis que chega a PLASTIC DREAMS VERÃO 2013 aqui em casa e folheando encontrei o significado de algumas cores. O texto abaixo é de Diogo Rodrigues.
Inspirados
pela coleção Melissa Rainbow, fomos aos dicionários de etimologia para
descobrir de onde vêm os nomes das cores. Por que rosa, por exemplo? Ok, esse é
fácil: vem de uma flor que se chama “rosa” desde os tempos de latim. Mas e o
azul? Carmesim? E o que dizer do tal fúcsia? A resposta pode não estar na ponta
da língua _portuguesa. Nem sempre está no nosso idioma materno, aliás.
Alguns
nomes são empréstimos, a maioria deles do grego e do latim, Mas também do
árabe, do persa, e até mesmo do sânscrito.
É
uma lista cujo tamanho depende da quantidade de tonalidades que você quiser
incluir. Escolhemos as histórias mais interessantes para ilustrar o que há de
arco-íris no dicionário.
Você
certamente vai se surpreender!
AZUL
É
uma cor de nome viajante. Chamava-se “lazward” em pesa, passou pelo árabe com a
adição do artigo “AL”, virou “azzurum”
no latim medieval e tornou-se “azul” no português.
BORDÔ
Chamada
assim por assemelhar-se à cor típica do vinho produzido na região de Bordeauxm na França, Esse processo de
usar uma cor para um objeto chama-se “derivação por metonímia”.
CARMESIM
No
árabe, chamava-se “qirmizi”, que por
sua vez deriva do também árabe “qirmiz”, “encarnado”. Daí a semelhança com a
cor “carmim”, que tem a mesma origem.
DOURADO
É
o nome dado àquilo que tem a cor de ouro, que em latim chamava-se “aurum”. Assim como o “prateado” vem de
“prata” e “bronzeado” de “bronze”.
ESCARLATE
A
história desta é longa. Em latim tardio, “sigillum” era uma imagem pequena.
“Sigillatus”, algo decorado com imagenzinhas. Passe esse termo pelo grego
medieval e pelo árabe e chegue ao francês antigo “escarlate”, palavra usada na
época para qualquer tecido colorido.
FÚCSIA
É
a cor de uma flor descoberta pelo botânico sueco Leonhard Fuchs (1501-1566), de
cujo sobrenome vem o termo. Daí a variante “fúchsia”, que mantém a grafia
original, com agá.
GRENÁ
É
o aportuguesamento do francês “grenat”, que designa aquilo que tenha a cor da
granada, uma pedra fina de cor vermelho-escura.
ÍNDIGO
Em
grego era “indikos” ou “ indiano’, referindo-se à tintura azul-escura retirada
da planta de mesmo nome. Passou ao latim e, em seguida, ao português.
JAMBO
Usado
hoje para referir-se a peles bem morenas, o nome vem do sânscrito “jambu” e foi
importado via híndi. É o nome de uma planta típica do sudeste asiático, de nome
cientifico Syzygium jambos.
LARANJA
É
um nome vindo lá do Oriente. Em sânscrito, era “naranga”. Virou “narang”, em
persa. Em árabe, que não tem som de “g”, tornou-se “naranj”.
MARROM
No
francês, “marron” é o nome dado à castanha. O adjetivo, dessa maneira, é dado àquilo
que tenha essa cor acastanhada. A origem é, provavelmente, de um termo anterior
à colonização romana na região.
NAVAL
Do
latim “navalis”, ou “de navio, marítimo”. Tornou-se o nome dado ao tom escuro
do azul por conta de um uniforme da
Marinha Real Britânica adotado no século 18.
OCRE
Os
gregos chamavam essa cor de “okra”, nome com que passou ao latim e, então, às
línguas latinas sem modificar-se muito. No francês antigo já era “ocre”.
PÚRPURA
Na
Grécia antiga, “porphura” era o nome do molusco que produzia a tinta
avermelhada com que eram tingidos as tecidos.
RÚTILO
O
nome vem do mineral rutílio, um óxido de titânio usado como fonte para
corantes. Quem o batizou foi o mineralogista alemão Abraham Werner (1750-1817),
em 1803.
SALMÃO
Vem
do latim “salmo”. Apesar de a palavra ter sido escrita com “u” em diversos
momentos (francês alglonormando “saumoun”, inglês medido “samoun”) a grafia
eventualmente voltou ao original “l’.
TURQUESA
É
uma palavra bem francesa. Na língua antiga, era “turkeise”, vindo de
“turqueis”, referindo-se a uma pedra turca.
URUCUM
É
a mais brasileira das cores deste dicionário PLASTIC DREAMS. Vem do tupi
“uruku”, nome de uma árvore nativa das regiões tropicais das Américas. É dela
que vem o corante avermelhado usado para pintar a pele.
VERMELHO
Não
é coincidência que a palavra se pareça com “verme”. A origem é justamente esta:
vem do latim “vermiculus”, ou seja, um pequeno verme.
E
então pessoal, o que acharam das origens das cores. Um tanto quanto curiosas e
o vermelho meio nojento não é?
Matéria
retira das páginas 16 e 17 da PLASTIC DREAMS VERÃO 2013.
BEIJOCAS
Que legal *-*
ResponderExcluirhttp://sonhodeconsumoteen.blogspot.com
beeijos :*
Muito bacana a matéria, gostei de conhecer a origem!
ResponderExcluirBjokassssssssss
Muito bacana a matéria
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